Vlog – Nosso Casamento [Parte 1]

Neste vídeo contamos algumas coisas sobre a nossa experiência na organização do nosso próprio casamento! Eu e o Marco namoramos há mais de 5 anos e vivemos juntos há 2. No início deste ano decidimos “formalizar” nossa união e fazer uma festinha, para celebrar com familiares e amigos mais próximos.

Como nunca organizamos nenhuma festa, recorri à uma prima minha, que tinha casado há pouco tempo atrás, e perguntei o que fazer. Ela sugeriu que, antes de tudo, a gente pensasse no que queríamos, como o tipo do casamento, o mês que ia ser, o que queríamos que fosse servido, que horário do dia, o que queríamos na decoração… Ela também comentou sobre contratar uma cerimonialista (que organiza festas), e sobre a facilidade de contratar este serviço, entregando a organização do casamento nas mãos de alguém com mais experiência. Como a gente dispõe de pouca verba, resolvemos ver as coisas por nossa própria conta, e caso sentíssemos necessidade procuraríamos o serviço de uma cerimonialista. A partir daí, a gente sentou, conversou e chegamos à conclusão de que queríamos um casamento com a nossa cara e que não fosse muito caro, e definimos alguns pontos:

  • Queríamos um casamento a céu aberto; a gente viu fotos lindas e ficamos encantados com a ideia;
  • O Marco não queria um casamento no calor, porque transpira muito, e eu não queria no frio, para poder usar um vestido aberto – o casamento teria que ser em uma estação mais amena, como primavera ou outono;
  • Queríamos um casamento para poucas pessoas, apenas familiares e amigos íntimos;
  • Que seria em Bauru – eu sou de Araçatuba, mas pensei em fazer em Bauru, porque moro aqui e estando aqui poderia ver as coisas com mais facilidade;
  • Não queríamos gastar muito e ter excessos, e por causa disso, estávamos cientes de que teríamos que fazer algumas coisas nós mesmos;
  • E que não teria carne no casamento. (Embora a gente tenha um dia a dia praticamente vegano, ainda somos vegetarianos, então além das opções veganas, também vai ter vegetariana, porque isso não depende só da gente, mas também das opções do buffet).

Para começar, resolvemos procurar o lugar, pois era a principal etapa, para podermos ver as datas disponíveis.
Começamos com os lugares abertos, que era a nossa ideia inicial. Vimos alguns lugares interessantes, mas como a maioria destes espaços abertos ficavam na estrada, ficamos meios receosos. Fora que tem o risco de chover no dia (inclusive no meu aniversario de 15 anos choveu e eu entrei com uma parte do meu vestido molhado)… Para não correr riscos, cortamos a ideia de casar em lugar aberto, e passamos a procurar salões fechados.
Pesquisamos alguns buffets da cidade, separamos os que achamos mais interessantes e entramos em contato, para perguntar sobre valores, datas disponíveis e se tinham opções sem carne no menu. Além dos buffets, entramos em contato também com restaurantes e bistrôs, porque geralmente não cobram o aluguel do espaço, só a comida.
Confesso que muitos destes contatos foram desanimadores…
Algumas das pessoas não pareciam colaborar, falaram que não tinham nada, já outros nem retornaram.
Teve uma moça de um buffet que me ofereceu um cardápio limitadíssimo de arroz, salada, creme de milho e um monte de purê, e ainda por um preço bem alto (de R$80,00 por pessoa…sem bolo, sem docinhos).
Tinha um bistrô lindo, com pratos bons (mas poucos – cerca de 6 opções de comida), e com o preço muito alto pelo que podíamos pagar (R$120,00 por pessoa). O jantar seria entrada, prato principal e sobremesa, e não teria “fartura”; seria complicado, pois nossa família gosta de comer bastante (nós também)!
Outro buffet me respondeu que tinha opções vegetarianas, mas que era só bolinha de queijo e creme de milho. Eu não queria isso, queríamos uma festa simples, mas não precisava ser tanto… fora que isso só mostraria que vegetarianos não têm opção de comida.
Teve outra mulher de um buffet que falou que estávamos errados e que deveríamos fazer um casamento com carne, para agradar nossos convidados.
Depois que ela falou isso, pesquisei na internet, e vi que alguns casais vegetarianos optaram por servir carne, mas sei lá, eu não me sentia nem um pouco a vontade com isso, nem o Marco. Queremos que as pessoas vão ao nosso casamento por nós e não pela comida. E outra, é apenas uma refeição do dia sem carne, as pessoas conseguem viver com isso. Fora que eu já fui em muitas festas pelas pessoas, e já tive que comer arroz com batata palha porque até na salada tinha carne. A gente estava planejando um casamento cheio de opções para todos, para que ninguém dê falta de carne em nenhum momento.

Estes contatos nos desanimaram muito, fora os preços, que não estavam muito amigáveis…
Depois disso até resolvemos ver algumas coisas em Araçatuba, para ver se os preços e opções estavam melhores, mas lá estava até mais difícil que aqui.
Foi aí que me lembrei de um salão, que eu vi no meio das minhas pesquisas lá no início, que achei lindo, que me fez brilhar os olhos e sonhar com ele, mas como imaginei que seria super caro, deixei meio de lado. Sabia que era bom, pois perguntei para conhecidos, e o buffet é famoso na cidade; por isso imaginei que seria bem caro, pois além de lindo tinha comida boa.
Este salão tem o teto de vidro e umas plantas verdes subindo pelas paredes… lindo! Tem uma pérgola, que é uma estrutura onde ficam penduradas umas plantas… lindo e ainda era dentro da cidade! O buffet no caso é o Marcia e Marô.
Resolvi agendar para conversar pessoalmente com o dono.
O Marco foi reclamando o caminho inteiro, falando que ia ser caro, que a gente não ia ter dinheiro pra pagar, etc. uahauahuah
Chegando lá, fomos bem sinceros e já perguntamos qual era a opção mais em conta que eles tinham…O dono foi muito solícito e disse que era o brunch (que é um tipo de café da manhã mais reforçado).
A gente se surpreendeu com as opções! Tinha muita coisa legal, tanto vegetariana quanto vegana também, e o preço estava na média de outros buffets não muito bonitos.

Nosso cardápio:
Frutas da estação, salada de frutas, cereais, pães diversos, pastas, patês, geleias, sanduíches frios e quentes, salgados finos, bolos (inclusive vai ter uma opção para nossos parentes com diabetes), alguns doces, mini pizzas, tortas, diversos tipos de sucos, além de outras bebidas, como água, refrigerante, cerveja e espumante.

Resolvemos que faríamos um brunch no final da tarde, para aproveitarmos a luz natural que o teto de vidro nos proporcionaria, tendo um pouco daquela nossa ideia inicial, de casarmos em um lugar aberto. O dono do buffet ainda sugeriu que a gente acrescentasse um jantar simples na parte da noite, já que a festa vai até umas 22h. Ele nos passou algumas opções, como estrogonofe de cogumelos ou palmito (veja a receita que eu ensinei aqui), com arroz e batata palha; ou um jantar minimalista, onde poderíamos ter dois risotos ou duas massas, ou um risoto e uma massa, e uma salada na taça. Este jantar minimalista seria servido individualmente.
Como o preço era praticamente o mesmo, optamos pelo minimalista, por ter mais opções e por ser diferente (chique, gourmet, hehe)
E fechamos um risotto de alho poró, uma massa de cogumelos e salada. (Faltando dois meses para o casamento iremos lá escolher molho, e provar os pratos).
Só que todos os sábados deste ano já estavam ocupados, mas ainda tinha alguns domingos livres. Como a minha família é de Araçatuba, procuramos feriados na segunda, para o pessoal poder vim e voltar sossegado ou optar por ficar em Bauru, já que não teria que trabalhar no dia seguinte. E achamos a véspera do primeiro feriado de novembro livre. Fechamos!

Aproveitando que já estávamos lá, perguntamos ao dono do buffet sobre decoração, e ele nos sugeriu que poderíamos entrar em contato com o decorador do dia anterior para tentarmos aproveitar algo da decoração do casamento do sábado, e assim economizarmos um pouco nessa parte. Esta foi uma dica muuito boa!
E por coincidência e sorte, o decorador era um que eu descobri no Faceboook e me encantei pelo trabalho, que é o Hebert Bueno.
Para variar, o Marco também foi o caminho inteiro reclamando que ia ser caro, porque o trabalho do Hebert é lindo e tudo mais.
Ao chegar lá também fomos sinceros e contamos que não tínhamos muitas condições, e o Hebert foi super solícito e legal com a gente!
Conseguimos aproveitar muitas coisas do dia anterior e passamos para ele as referências que a gente achou no Pinterest, e ele bolou um monte de coisa legal, fez um preço bem bacana, e, assim, fechamos com ele também!

Pronto, a gente já tinha o buffet, a decoração, o bolo (porque estava incluso no buffet), o buquê (que também estava incluso na decoração). Estávamos mais aliviados e felizes, pois conseguimos fechar com dois fornecedores com boa reputação na cidade, e que queríamos.

Depois disso, cheguei a ver preços de docinhos, mas como estava tudo muito caro, decidi fazer com minhas amigas e alguns familiares no dia anterior. O preço do brigadeiro, que é o doce mais simples, era em média R$1,70, e como a gente podia fazer e economizar isso, resolvemos fazer nos mesmos. E tem mais, fazendo em casa, poderíamos fazer opções veganas – o que não é facilmente encontrado por aqui. Aqui ensinei duas opções veganas de docinhos, que vai ter no nosso casamento (Beijinho aqui e Docinho de damasco aqui)

Fechamos a filmagem também! Da mesma forma que não conhecíamos os outros fornecedores, não sabíamos de ninguém que filmava em Bauru. Pesquisando, encontramos alguns vídeos de profissionais daqui, mas não gostamos muito… A qualidade era ruim, parecia VHS, fora os ângulos inconvenientes, a iluminação esquisita… Entrei na página do Facebook do Marcia e Marô e vi que quando tem um evento, eles relacionam todos os fornecedores em uma postagem; tipo postam o vídeo e linkam o decorador, quem fez os docinhos, o bolo, o vestido, a maquiagem, a foto, e quem fez o filme. Através disso descobri três pessoas, cujo trabalho gostei bastante. Destas 3, um nos deu muita atenção, o que para a gente é um diferencial bem grande. Todos os fornecedores que fechamos, foram aqueles que conversaram pessoalmente com a gente. Muitas pessoas nos passaram valores por telefone, e-mail – não que sejam ruins, mas acho que atender os clientes pessoalmente, conversar, ver certinho o que querem é um diferencial muito grande.
Esta pessoa que faz a filmagem, que no caso é o Galileu Gonzales, nos enviou um questionário para entender o casal, e quando chegamos na reunião ele já tinha um monte de ideia legal (e que adoraríamos por em prática, se não fosse a falta de dinheiro). Explicamos a nossa situação financeira e ele compreendeu perfeitamente. E fechamos!

Ainda estamos vendo algumas coisas, como música, como nossa cerimônia vai ser celebrada, fotografia, lembrancinhas e convite. Espero que não estejamos esquecendo de nada… Isso tudo a gente vai contar mais pra frente, quando fecharmos, em um segundo vlog sobre o nosso casamento. Mas já estamos bem mais aliviados, por termos fechado com fornecedores bons, que têm reconhecimento na cidade e que queríamos.
Quanto ao vestido, maquiagem e cabelo, eu vou falar também em um vlog adiante, ainda não fechei tudo e também decidi separar em tópicos para não ficar muita informação em um vídeo só.

Um abraço!
Paula e Marco